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“Do Conforto ao Crescimento”

Publicada em: 11/12/2025 09:24 -

O LUGAR SEGURO

 

Abraão, “Sai da tua terra…” (Gênesis 12:1–2)

 

“Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrarei.”

 

Abraão vivia em Harã, lugar estável, conhecido, previsível. Nada o pressionava a mudar.

 

Mas Deus sabia que sua promessa não se cumpriria enquanto ele permanecesse onde estava. Por quê?

 

Porque a zona de conforto nos dá segurança, mas nos impede de viver o extraordinário.

 

Para Abraão, o maior obstáculo não era geográfico, mas interno: ele precisava romper com o hábito da estabilidade e confiar no invisível.

 

Moisés, “Vem, e Eu te enviarei” (Êxodo 3:10)

 

“Vem agora, e Eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo do Egito.”

 

Moisés estava acomodado no deserto, vivendo há 40 anos como pastor de ovelhas. O passado traumático no Egito o mantinha estagnado.

 

Deus o chama para sair do ciclo de rotina e enfrentar o que ele temia.
A zona de conforto de Moisés escondia uma ferida, e Deus o chama a curá-la na missão.

Pedro,  “Faze-te ao mar alto” (Lucas 5:4)  “Faze-te ao mar alto e lançai as vossas redes para pescar.” Pedro estava lavando as redes, pronto para descansar, pois havia fracassado. Jesus manda voltar para aquilo que ele tinha acabado de desistir. O ensinamento é profundo: às vezes o conforto é apenas um abrigo construído sobre a frustração, e Jesus nos faz voltar onde falhamos para transformar fracasso em milagre.

 

O PRIMEIRO INIMIGO

 

A Tempestade, “Por que sois tão tímidos?” (Marcos 4:40) “Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?”

 

Os discípulos estavam no barco quando uma grande tempestade ameaçou afundá-los. O medo bloqueou sua percepção da presença de Cristo.

 

Eles viram vento e água, mas não viram o Deus do vento e da água. O mar representa a zona do medo: o que não controlamos, o que não prevemos, o que parece maior do que nós.

 

Jesus não reprende o medo em si, mas a paralisia que o medo causa.
A fé não remove o medo, ela supera o medo.

 

Gideão, “O Senhor é contigo, homem valente” (Juízes 6:12) “O Senhor é contigo, homem valente.”

 

Gideão estava escondido, malhando trigo no lagar. Tudo o que ele sentia era medo e insignificância.

 

Mas Deus o chamou de “valente”. Por quê?

 

Porque Deus fala com quem vamos ser, não com quem estamos sendo agora.

 

Gideão precisava superar medos como: medo da crítica, medo do fracasso, medo da insuficiência, medo da responsabilidade. Deus não tirou o medo de Gideão, Ele caminhou com ele enquanto Gideão avançava.

 

Josué, “Não temas, nem te espantes” (Josué 1:9) “Não te mandei Eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo por onde quer que andares.”

 

Josué tinha a responsabilidade de substituir Moisés. Era jovem, carregava o peso de liderar um povo difícil, e tinha cidades muradas e gigantes pela frente.

 

A zona do medo de Josué incluía: sensação de incapacidade, insegurança do futuro, lembrança de líderes maiores, desafios aparentemente impossíveis.

 

Deus não simplificou o caminho.

 

Ele fortaleceu Josué para atravessá-lo.

 

ONDE DEUS NOS TRANSFORMA

 

Davi, “O Senhor me livrou do leão e do urso…” (1 Samuel 17:37) “O Senhor me livrou da mão do leão e do urso; Ele me livrará da mão deste filisteu.”

 

Antes de enfrentar Golias, Davi enfrentou leão e urso.

 

Foram lutas pequenas apenas na aparência, mas enormes na formação do seu caráter.

 

A zona de aprendizado é onde Deus: ensina coragem em batalhas menores, fortalece a fé em desafios progressivos, trabalha o interior antes de promover o exterior.

 

Davi aprendeu que a fidelidade de Deus no passado é garantia para o futuro.

 

Paulo,  “…aprendi a contentar-me…” (Filipenses 4:11–13) “Aprendi a estar contente em toda e qualquer situação… tudo posso naquele que me fortalece.

 

Paulo declara que aprendeu o contentamento. Esse aprendizado veio em circunstâncias extremas: prisões, açoites, fome, nudez, escassez e abundância. A zona de aprendizado não é confortável, mas é transformadora.

 

Pedro, “E tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos” (Lucas 22:32) “Depois que te converteres, fortalece os teus irmãos.”

 

Pedro falhou, negou Jesus três vezes.

 

Mas naquela falha estava sua maior escola: Ele aprendeu: humildade, dependência, misericórdia, discernimento.

 

Da queda de Pedro nasceu um líder mais forte e cheio de graça.
A zona de aprendizado transforma ferida em autoridade.

 

O LUGAR DO PROPÓSITO E DO FRUTO

 

José, “Deus me fez frutificar na terra da minha aflição” (Gênesis 41:52) “Deus me fez frutificar na terra da minha aflição.” José cresce, literalmente e espiritualmente, na terra onde sofreu.

 

Seu processo foi: poço, escravidão, calúnia, prisão, esquecimento…

 

Mas cada etapa gerou: sabedoria, maturidade, visão, equilíbrio emocional, compaixão.

 

Seu crescimento não foi acidental, foi fruto de superar cada círculo.

 

Daniel, “Mas Daniel decidiu não se contaminar” (Daniel 1:8) “Daniel decidiu firmemente não se contaminar…” Daniel cresce porque decide.
A zona de crescimento exige firmeza interior, não é um lugar de facilidades, mas de convicções profundas.

 

Deus honra aqueles que priorizam a santidade mesmo sob pressão.

 

Pedro (de novo), agora como líder após Pentecostes (Atos 2)

 

O mesmo Pedro que temeu uma serva, agora prega para multidões e se torna uma das colunas da igreja.

 

O crescimento final sempre vem após o aprendizado profundo.

 

Para crescer é necessário: Sair da zona de conforto, como Abraão, Moisés e Pedro. Enfrentar a zona do medo, como Josué, Gideão e os discípulos.

 

Caminhar pela zona de aprendizado, como Davi, Paulo e o próprio Pedro. Entrar na zona de crescimento, como José, Daniel e a igreja primitiva.

 

O maior inimigo não é externo. É interno. E Deus está chamando cada um de nós para avançar um círculo além do que conseguimos hoje.

 

Wilson Teixeira - IEQ IND

 

 

 

 

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